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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

Duas divas

Nunca assisti a um só programa apresentado por Hebe Camargo. Sempre a achei exagerada – no uso de joias extravagantes, roupas exuberantes compondo a figura de “perua” televisiva. E a ligava politicamente ao malufismo, o que, nos anos 1980, tinha a conotação de envolvimento com falcatruas. As poucas entrevistas que vi com ela, no entanto, me levaram a simpatizar com aquela mulher sorridente, de idade madura e indefinida, esbanjando carisma e simpatia. Eu não sabia que, mesmo sem ser parte de seu público cativo, sofrera uma “hebenização”.

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Bom policial, mau policial

Se as ações de policiais no mundo real nem sempre são admiráveis ou sequer respeitam a lei pela qual eles deveriam zelar, na literatura, geralmente, esses personagens se apresentam como respeitáveis representantes do Estado. Alguns, brilhantes, outros meros coadjuvantes de investigadores particulares geniais, entre eles Hercule Poirot e Sherlock Holmes. Ou, nos romances contemporâneos, burocratas sem grande imaginação, que investigam casos cuja solução será descoberta por suspeitos ou pelas vítimas do crime.

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O sexo e a fila

Em algum local do planeta, sexo tem menos importância do que no território brasileiro. A certeza me vem da leitura de textos de autores estrangeiros, como o vetusto Philip Kotler, do alto de seus diplomas de doutorado em Economia no MIT e em Matemática em Harvard, que, visitando Pindorama, classifica o Brasil como o país dos “cinco S”: sol, samba, sexo, soccer (futebol, para os americanos) e stones – as pedras semipreciosas “comercializadas pela H. Stern”. A sutiliza do merchandising é uma das muitas lições de Minhas aventuras em marketing (BestBusiness, R$ 54,90), que reúne crônicas de Kotler, publicadas em 2013 no jornal japonês Nikkei. 

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Os miseráveis

Sofrimento, compreensão, redenção e felicidade eterna. Encadeando situações com tais elementos, a literatura ocidental vem colecionando sucessos desde a Antiguidade. Hoje, esta fórmula é seguida como enredo para filmes, depoimentos em programas “femininos”, palestras motivacionais, romances ou livros de autoajuda, geralmente com cunho autobiográfico, comovendo leitores com seus exemplos de superação. A crítica torce o nariz, o público – principalmente o britânico – adora: o mis-lit (de misery literature) foi um dos gêneros que mais cresceu em vendas no mercado editorial do Reino Unido nos anos 2000.

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Livros de viagem

O que levar para uma ilha deserta era pergunta obrigatória em entrevistas de televisão ou de jornais que pretendiam traçar o perfil de celebridades, uns 30 anos atrás. Além de repelente de mosquito, violões, pandeiros, protetor solar e barraca de praia, vez por outra, algum entrevistado falava em livros, no plural, sem especificar quantidade.

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