Finalmente boa parte dos brasileiros pode entender os versos de Djavan e se aconchegar num bom lugar com um livrinho!!! Algumas sugestões para leitores apreciarem ainda mais este inverno, que incita muita gente a levar um edredom e se aninhar na rede, seguem aqui.
Ele era um leitor comum, nas estantes muitas biografias e livros policiais. Assim um investigador de Polícia classifica a vítima de um assassinato para um colega, espantado com a quantidade de livros que o morto guardava em sua casa, numa novela de Agatha Christie. Como sou leitora “comum”, de muitos policiais e biografias, nem me lembro de qual é esta citação, mas ela me marcou profundamente, dada a ironia da Dama do Crime, brincando com o desprezo que sua obra provocava nos especialistas em literatura. Aliás, uma das boas autobiografias que li, bem jovem, foi a da própria Agatha (LP&M, R$ 68,90), que começa com a observação de que “uma das coisas mais afortunadas na vida é ter vivido uma infância feliz”. E ela conclui: “Eu tive uma infância muito feliz”, antes de recordar passagens de sua trajetória como uma das mais bem-sucedidas escritoras do planeta.
Mais difícil do que largar um livro bom é saber que esse momento há de chegar – o da separação daquele enlevo, daqueles personagens, daquelas histórias. Mais duro ainda é quando o leitor submerge numa coletânea de contos – aquelas breves histórias de leitura rápida, mas nem por isso pouco densa. Os contos são como paixões fugazes, aquelas que enfeitiçam e abandonam os enamorados, deixando marcas na história de cada um.
Pegue uma tese, desenvolva um projeto, junte algumas pitadas autobiográficas e mais informações sobre pessoas interessantes, artistas, formadores de opinião, gente relevante para a humanidade ou alguém que influenciou seu próprio círculo. Reúna os ingredientes, sacuda e... está pronto mais um livro confessional-motivacional que, por seu conteúdo informativo, pode ser muito mais do que literatura de entretenimento fácil. Afinal, nem sempre o que é importante necessita de uma linguagem erudita/acadêmica, que muitas vezes confunde mais do que explica.
“Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne. Minha alma, meu pecado. Lo-li-ta: a ponta da língua toca em três pontos consecutivos do palato para encostar, ao três, nos dentes. Lo. Li. Ta.”
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