Daqui (selo Pau Brasil), o mais recente CD do grupo instrumental Pau Brasil, tem exatos 65 minutos e 13 segundos divididos em dez faixas. Tocadas por Nelson Ayres (piano), Rodolfo Stroeter (contrabaixos acústico e elétrico), Paulo Bellinati (violões), Teco Cardoso (saxofones soprano, alto e barítono e flautas) e Ricardo Mosca (bateria), seus arranjos e suas virtuosidades atestam a excelente forma dos moços.
Luiz Tatit está na praça com seu quinto CD solo: Palavras e Sonhos (Dabliú). Cantor com voz delicada, um compositor cuja verve o faz ser destaque na cena musical brasileira, Tatit gravou treze de suas composições. Seis são apenas suas e sete são parcerias, em que criou versos para Emerson Leal, Dante Ozzetti, Marcelo Jeneci, Vanessa Bumagny, Zé Miguel Wisnik e Arthur Nestrovsky. Para mais ajudá-lo, Ná Ozzetti, Marcelo Jeneci e Jussara Marçal fazem participações especiais.
Nas internas da música, a galera tem um jeito todo especial de se referir ao som que brota de instrumentos iguais, como dois pianos ou dois violões, por exemplo. De fato, dois instrumentos iguais tocando juntos é façanha das mais difíceis. Dada a dificuldade de harmonização de estilos, de pegada e do entendimento musical de cada um dos instrumentistas, a moçada costuma brincar que o som deles mais parece com dois porcos-espinhos fazendo amor. E, ao final do engalfinhamento, só lhes restará discutir a relação.
"Aí vem chegando Ismael/ Vamos tirar o chapéu pro grande bacharel". A entrada arrepiava a entrada daquele negro alto, cabelos brancos, sapato bicolor, envergando um impecável terno de linho branco. O palco do Teatro Opinião, em Copacabana, ostentava um ar quase religioso. Era o show "Samba Pede Passagem", que, além de Ismael Silva, tinha Aracy de Almeida, Baden Powell e o estreante MPB4, dentre outros. Era o ano de 1965. Reverenciado, Ismael reinava.
O violinista, cantor e compositor baiano, radicado em São Paulo, Vicente Barreto lançou Cambaco (que significa elefante velho e solitário que volta à terra natal para morrer), o CD mais pop de sua longa jornada. Para gravar onze de suas músicas, sendo uma instrumental, Vicente se juntou a quatro instrumentistas da nova safra paulistana: Rodrigo Campos (guitarra), Marcelo Cabral (baixo), Sergio Machado (bateria)e Thiago França (sax e flauta). Além deles, Barreto também convidou a boa cantora Jussara Marçal – com entradas muito bem dosadas, sua participação enriquece o trabalho.
- ← Anterior
- 1
- 2
- 3
- 4
- 5
- 6
- 7
- 8
- 9
- 10
- 11
- 12
- 13
- 14
- 15
- 16
- 17
- 18
- 19
- 20
- 21
- 22
- 23
- 24
- 25
- 26
- 27
- 28
- 29
- 30
- 31
- 32
- 33
- 34
- 35
- 36
- 37
- 38
- 39
- 40
- 41
- 42
- 43
- 44
- 45
- 46
- 47
- 48
- 49
- 50
- 51
- 52
- 53
- 54
- 55
- 56
- 57
- 58
- 59
- 60
- 61
- 62
- 63
- 64
- 65
- 66
- 67
- 68
- 69
- 70
- 71
- 72
- 73
- 74
- 75
- 76
- 77
- 78
- 79
- 80
- 81
- 82
- 83
- 84
- 85
- 86
- 87
- 88
- 89
- 90
- 91
- 92
- 93
- 94
- 95
- 96
- 97
- 98
- 99
- 100
- 101
- 102
- 103
- 104
- 105
- 106
- 107
- 108
- 109
- 110
- 111
- Próximo →