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O abrir do ventre em um mundo prisão - Relatos da maternidade na pandemia, de Joana Siqueira

foto: divulgação


A jovem pesquisadora carioca, Joana Siqueira lança seu primeiro livro “O abrir do ventre em um mundo prisão - relatos da maternidade na pandemia”, escrito durante o confinamento da COVID-19.


A obra lançada pela editora Kotter é um diário de uma mãe de primeira viagem, que descortina as entranhas humanas no ano da peste.


Rico em emoções e sentimentos; poético e profundo, embalado por trechos de músicas que acolheram a solitude da autora, ressignificando as alegrias e angústias vividas nesse mundo tão novo: o nascimento da primeira filha junto ao lockdown e tudo que vem a reboque.

O lançamento acontece na véspera do Dia das Mães, no dia 11 de maio (sábado), das 10h30 até às 13h, em piquenique literário, no Bistrô do Museu da República (R. do Catete, 153, Catete), com a sessão de autógrafos e oficina artística para crianças de todas as idades. A entrada é gratuita!


No domingo, dia 19 de maio, das 10h30 às 13h, acontecerá uma roda de conversa com sessão de autógrafos, leitura de trechos e oficina artística para crianças de todas as idades, na Casa Colo, Rua Visconde de Caravelas, 109, Humaitá. Mesa: Joana Siqueira, Dida Schneider, Fernanda Senna e Lian Tai.


Também no dia 19 de maio, às 16h, a estreante escritora Joana Siqueira participa de bate-papo, leitura e autógrafos no Café Literário da 16ª FLIST - Festa Literária de Santa Teresa, que este ano acontece no Museu Histórico da Cidade – na Est. Santa Marinha, s/nº - Gávea. O evento homenageará a Família de Gilberto Gil e prestará tributos ao centenário do autor Franz Kafka; aos 110 anos da autora Carolina Maria de Jesus; e aos 135 anos de Donga, pioneiro do samba no Brasil.


“É impossível viver a maternidade sem desromantiza-la em algum nível. Nós vivemos em um mundo em que muitas vezes, o assunto é contado por vozes masculinas, como um caminho exclusivamente de realizações – mas, na minha visão, nada que é rotina e cotidiano consegue caminhar só em um extremo dos sentimentos. E se sentir sozinha nessa dualidade, deixa a maternidade ainda mais solitária, por isso acho tão importante falarmos, sim, do amor, mas também de todo o resto (Joana Siqueira)

 

Apaixonada pelas relações, pelas pessoas, pelas trocas, por destrinchar sentimentos, amante de carnaval, curiosa no desenhar de móveis e tantas outras versões, como ela mesma se descreve, a jovem pesquisadora e mestre em engenharia, Joana Siqueira aborda em seu primeiro livro “O abrir do Ventre em um mundo prisão - relatos da maternidade na pandemia” (176 páginas, pela Kotter Editorial) a sua vivência da realidade materna, tendo como pano de fundo um período sombrio da história mundial e brasileira: o isolamento quando sua bebê tinha apenas 13 dias de vida — data em que o Rio de Janeiro fechou oficialmente devido ao vírus.


No livro, Joana Siqueira, traz novas perspectivas sobre a maternidade: abordando além do amor e das transformações na vida da mulher, também as dores, angústias e dificuldades tão pouco faladas – e potencializadas pelas incertezas trazidas pela pandemia.


Com a maternidade os extremos se tornam muito mais intensos do que qualquer extremidade de sentimento já conhecida até então. Pelo menos foi assim para mim. Descobri um amor e uma admiração que não tinha a menor ideia que pudessem existir – por mais que tanto se fale sobre isso, é inexplicável o que se sente! Do outro lado desse pêndulo, descobri uma exaustão, uma sobrecarga, uma solidão que também não tinha ideia que pudessem existir – mesmo do meu lugar extremamente privilegiado” destaca a autora.


Segundo Joana, ao parir e em seguida receber o anúncio do lockdown, a escrita virou uma ferramenta para entender seus próprios sentimentos e, ao compartilhar seus relatos tão vulneráveis nas redes sociais e perceber que o mesmo ocorria com outras famílias, percebia que se sentia menos solitária. E esse foi um dos grandes motivadores da publicação: tornar a jornada materna menos solitária.


Quando ela nasceu, meu mundo virou de ponta-cabeça e tive que reaprender— as rotinas, os prazeres do dia a dia, a me reencontrar comigo mesma nesse novo lugar.

uando ela nasceu, o mundo inteiro também virou de ponta-cabeça e cada um de nós teve que reaprender — a cavar felicidade na solidão, a amar de longe, a acostumar com a saudade”, relata a autora.


A parteira e enfermeira obstétrica, que há anos vem preparando gestantes e casais grávidos para a experiência mais transformadora de suas vidas, Dida Schneider, assina o Prefácio e afirma que “uma mãe recém-nascida vive em um estado “entre mundos”. Segundo ela, a chegada de um bebê é sempre um redemoinho de sentimentos, mas, em um mundo dominado pelo isolamento, essas emoções ganham uma nova intensidade.


Este livro não é apenas uma reflexão sobre maternidade; é uma descoberta de um novo mundo encarnado em um ser pequenino, uma personificação do tempo em forma humana que cresce, apontando um caminho para a redescoberta da vida. É sobre a descoberta do amor em sua essência mais pura, num momento em que o mundo exterior parece ter perdido sua capacidade de amar”, afirma Schneider.

 

Com muita leveza e sabedoria, Lian Tai, escritora, atriz, cineasta e doutora em Comunicação Social, nascida em Goiânia, residente no Rio de Janeiro há 14 anos, assina a orelha do livro para enfatizar a urgência sobre as narrativas femininas a respeito da fase materna e outras.


Desromantizar a maternidade não é falar apenas da dor ou da dificuldade. É sobre nos humanizarmos e nos entendermos muitas e múltiplas, mas dentro de uma estrutura que nos atravessa.”, diz Lian Tai.


São muitas abordagens e questionamentos, no repertório do livro. Uma perda gestacional, as noites que fogem do controle, a solidão tão pouco falada e que só as mães entendem, os compromissos de quando o sol raiar, a exaustão gritante em cada pedaço do corpo, o choro à espreita ainda que feliz com a chegada da sua filha. A relação do casal, que toma outra forma e, mais do que todo romantismo já vivido, agora sobrevive de acordos diários simplesmente para dar conta das funções do dia a dia. “Muitas vezes, a reinvenção da relação fica para depois — depois quando?”, pergunta a autora.


Simplesmente não importa. Sou só eu e ela e o peito. Não importa se já passaram horas e horas e horas. Não importa se o peito arde. Não importa se eu amamento irritada, se o peso dela me cansa, se simplesmente não quero. Não importa”, desabafo de Joana sobre durante a amamentação.


E quando perguntada sobre a quem se destina o livro, a autora reforça que, obviamente às mães, mas complementa “acho importante extravasar essa barreira de que tudo que se refere à bebês é de interesse e responsabilidade exclusivo das mães e pais, pois só quando a sociedade como um todo conseguir entender a realidade que as mães vivem, teremos uma sociedade mais inclusiva, acolhedora e talvez então a maternidade se torne um processo menos solitário. E se esse dia chegar, as belezas, que já não são poucas, vão poder finalmente ser vividas e degustadas com mais plenitude, sem tantos traços de exaustão, solidão e sobrecarga.”


Na roda de conversa que ocorrerá dia 19 de maio, domingo, das 10h30 às 13h na Casa Colo, um espaço que nasceu para acolher famílias desde a concepção ao pós-parto, com atendimentos individuais, grupos, cursos, encontros para gestantes, puérperas e suas famílias serão abordados os relatos da autora sobre a maternidade, o pós-parto entre outras complexidades deste tema, que estão alinhados ao livro e até fatos recentes, como a realização da Marcha Nacional pelo Parto Humanizado, na luta contra a criminalização do trabalho de enfermeiras e parteiras. Ato que aconteceu no domingo, dia 21 de abril de 2024 e que ganhou as ruas em 18 cidades do Brasil, entre elas, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, São Paulo e Belo Horizonte, conforme a matéria publicada pela Agência Brasil EBC. (https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2024-04/mulheres-vao-ruas-pelo-direito-ao-parto-humanizado).


Assim que me vi grávida, comecei a me informar sobre parto, pré-natal e pela primeira vez me aprofundei nesse tema, que é tão pouco conhecido e muito idealizado. Quando falamos de parto humanizado, muita gente pensa em parto na banheira, em parto em casa. Mas não tem a ver com isso: a humanização do parto quer dizer simplesmente tratar como humana e protagonista aquela mulher que está dando à luz. Então humanizar é respeitar suas escolhas, em um ambiente respeitoso e acolhedor, e isso não devia ser um privilégio para poucas.

Dora veio ao mundo por meio de uma cesárea inesperada e de emergência, como relato no livro e, ainda assim, humanizada, como todas nós merecemos! E poder escolher como e onde queremos parir, desde que com informação segurança e assistência, deveria ser um direito de todas nós! Agora está chegando o Dia das Mães é uma data importante para falarmos também dessas questões”, afirma Joana Siqueira.


Atualmente Joana possui duas filhas, trabalha como consultora na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), continua com muitas demandas e compromissos, entre idas e vindas a escola das filhas, passeios, carnaval, aniversários, reuniões de trabalho, tudo entrelaçado de mistérios e desafios da missão de ser mulher, amiga, companheira, profissional e MÃE.


Sobre o futuro, Joana diz que agora seu objetivo é aprender a derrubar voluntariamente alguns dos pratinhos que equilibra. “Com a chegada da minha segunda filha fica ainda mais evidente que não dou conta de tudo e, embora angustiante, isso também me liberta, porque me permito falhar, me permito delegar, me permito sair um pouco de cena (mesmo que por breves segundos) e tem sido gostoso me permitir me olhar um pouco mais, nessa loucura de olhar o tempo inteiro para as meninas. E sinto que o livro – embora sobre elas – é uma tangibilização desse movimento, uma conquista minha”.

E o fato de um livro sobre as minhas filhas representar pra mim um reencontro comigo mesma também me parece muito simbólico, um marco dessa coisa louca que é ser mãe: mesmo quando me reencontro comigo, agora esse reencontro as envolve, porque mesmo já paridas, elas farão, para sempre, parte de mim


Sobre Joana Siqueira: mulher, parceira, filha, irmã, amiga, neta e mãe de Dora e Lia. Encantada pelos números (estatística de formação), apreciadora de desafios (mestre em engenharia), curiosa pelo mundo (pesquisadora da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e admiradora do cinema (atuante pro desenvolvimento do setor). Amante de carnaval, circense de brincadeira, pernalta em suspensão, entusiasta das pinturas para ocupar as próprias paredes, curiosa no desenhar de móveis e tantas outras. Apaixonada pelas relações, pelas pessoas, pelas trocas, por destrinchar sentimentos. Apaixonada pelo novo e por viver (comedidamente) sempre em novas versões. E assim surge agora, também, a versão escritora.

Instagram: @joana_siqueira


Sinopse do livro: Reflexões sinceras sobre entender-se mãe em um mundo do qual pouco se entendia. Relatos reais, doloridos e poéticos do lidar com a nova vida, cercada de morte. O livro é um diário sobre as entranhas humanas no ano da peste: os mais complexos sentimentos de tornar-se mãe num mundo em pandemia.

Orelha: Assinada pela comunicadora, modelo e podcaster, Lian Tai

Prefácio: Assinado pela parteira e enfermeira obstétrica Dida Schneider


O abrir do ventre em um mundo prisão, de Joana Siqueira
Capa: Miranda Camacho
14×21
ISBN: 978-65-5361-294-5


Canais de venda:

Site da editora Kotter: https://kotter.com.br/produto/o-abrir-do-ventre-em-um-mundo-prisao-relatos-da-maternidade-na-pandemia/


Amazon.com.br (O Abrir do Ventre em um Mundo Prisão: Relatos da Maternidade na Pandemia | Amazon.com.br)


SERVIÇO:

1.Lançamento do livro “O abrir do Ventre em um mundo prisão - relatos da maternidade”

Autora: Joana Siqueira

Data: 11 de maio (sábado) – das 10h30 às 13h

Local: Museu da República – Bistrô próximo à gruta, localizada na

R. do Catete, 153 - Catete

Atividades do lançamento: mesa de autógrafos, distribuição de marcadores de livro e oficina de colorir com as crianças de todas as idades.


2. Roda de conversa com sessão de autógrafos e leitura de trechos

Data: 19 de maio (domingo)

Local: Casa Colo, Rua Visconde de Caravelas, 109, Humaitá

Mesa: Joana Siqueira, Dida Schneider, Fernanda Senna e Lian Tai

Horário: – das 10:30h às 13h

Após a roda de conversa: mesa de autógrafos, distribuição de marcadores de livro e oficina de colorir para crianças de todas as idades.


3. Café Literário, 2º andar – Bate-papos, leituras e autógrafos de livro

Casarão anexo - na 16ª FLIST - Festa Literária de Santa Teresa

Uma ação do Centro Educacional Anísio Teixeira – CEAT | Dias 18 e 19 de maio | Das 9h às 18h Local: Museu Histórico da Cidade – Gávea Est. Santa Marinha, s/nº - Gávea

Data: 19/05 (domingo), às 16h

Público: adolescentes e adultos / Duração: até 50 minutos.

Mais informações: Festa Literaria de Santa Teresa FLIST |


Vídeo depoimento feito no 1º Dia das Mães de Joana (3/3/2020): https://youtu.be/m01cQ4KJ10g