A primeira ópera rock surgiu em 1969, com Tommy, um álbum duplo do grupo The Who. A partir da década de 70, essas óperas ganharam as telas dos cinemas e se tornaram uma das principais características da época. É bom fazer aqui uma distinção entre os termos “ópera rock” e “musical de rock”. A ópera rock normalmente é uma obra que foi concebida por um artista ou banda e lançada inicialmente como disco. Numa ópera não há diálogos falados, tudo é cantado. O musical de rock, por sua vez, é uma produção que foi concebida como um espetáculo teatral ou diretamente como filme e não há ligação com uma banda específica. Um exemplo de musical é Hair, surgido no teatro e que ganhou posteriormente um filme (já abordado na parte 8 dessa série). Mas as fronteiras entre esses dois gêneros não são rígidas e os termos são normalmente confundidos.
Enquanto acontecia história relatada nos artigos anteriores, no Brasil a situação não era muito diferente, também tivemos o rock brasileiro presente nas telonas.
Na década de 50, as bandas de rock excursionavam juntas. Num mesmo dia, apresentavam-se sempre vários grupos, sendo que cada show dificilmente excedia meia hora. Isso foi aos poucos mudando e shows individuais passaram a ser a regra. Para ver várias bandas de uma vez só, somente em ocasiões especiais, os festivais. Apesar de já existirem no início da década de 60, muitas vezes com uma escalação bem eclética, envolvendo outros gêneros, foi a partir da segunda metade dos anos 60 que os festivais de rock firmaram-se como grandes eventos.
Neste artigo serão abordados filmes que, embora versem sobre bandas e músicos da década de 60, foram realizados posteriormente. Também entrarão alguns filmes sobre a época que tenham uma trilha sonora marcante.
Mesmo tocando desde a adolescência, a história como banda profissional dos quatro rapazes de Liverpool começa em Hamburgo e eles eram cinco: John, Paul, George, Pete e Stu. Com um contrato para tocar num bar de uma área barra pesada de Hamburgo, entre um strip tease e outro, eles amadureceram como banda, tendo que se apresentar a noite inteira.